domingo, março 09, 2008
sexta-feira, março 07, 2008
Trasilau
Camões
...De um certo Trasilau se lê e escreve,
entre as cousas da velha Antiguidade,
que perdido um grão tempo o siso teve
por causa düa grande infirmidade;
e enquanto, de si fora, doudo esteve,
tinha por teima e cria por verdade
que eram suas as naus que navegavam,
quantas no porto Píreo ancoravam...
Foi publicado na primeira edição da revista eletrônica Trasilau, um texto meu.
Passem lá e prestigiem.
O conteúdo da revista é de excelente qualidade, vale a pena navegar por todas as páginas da revista.
Pra ir direto ao meu texto clique aqui.
Pra abrir a revista pela capa clique aqui.
domingo, fevereiro 24, 2008
Quase dezessete
Com dezesseis eu já saberei falar três idiomas
E tocar guitarra como ninguém
A minha banda de mulheres será a mais tocada
E eu estarei entre os primeiros colocados no vestibular
O meu amor vai ser só meu
E o mais lindo
O mais verdadeiro
E eu serei feliz
Hoje já estou com quase dezessete
Sequer aprendi a falar inglês
Ainda não saí dos primeiros acordes
E vestibular é um sonho cada vez mais distante
Alguém já me disse “eu te amo” uma vez
Mas desmentiu logo depois
Eu nunca fui amada
Nunca
A concretização vai se distanciando
Enquanto o tempo vai passando
Hoje estou com quase dezessete
E os planos ainda não passam
De planos
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
Pain
De não ter dor. De não ter vazio. De apenas ser.
Eu poderia passear na rua sem sentir falta de nada.
Sem sentir solidão.
E sorrir quando eu estiver no meio de muita gente, mas sem nada pra falar.
E cantar, enquanto estiver no meu quarto. Só.
E poder ajudar minha mãe, sem o coração apertado e o nó da garganta que quase me fazem a interromper para chorar meus próprios problemas.
Que não são concretos. É só uma dor.
Que não mata, mas faz perder a cor.
quinta-feira, janeiro 31, 2008
The Black Apple y otras cositas más.
Em poucas palavras:
Depois de algum tempo sumida do meu próprio blog e a muito tempo ausente na maioria dos outros blogs, apresento-vos a versão The Black Apple. As imagens são da artista plástica Emily Martin. Os desenhos são perfeitos. encontrei por acaso e foi amor a primeira vista.
Presentes
Mesmo ausente, recebi alguns selos, orgulhosamente expostos na barra lateral, e isso me deixou deveras emocionada, pra não dizer metida.
Muito obrigada a todos que me deram esses prêmios e a todos os outros que gastam seu tempo aqui no “Pensamentos de uma garota normal”. =]
Me darei o luxo de repassa-los porta-a-porta, e isso pode levar algum tempo uehuehueheu.
Até mais.domingo, janeiro 20, 2008
Aos Treze - Memórias de uma garota de 16 anos parte 1
E foi assim, falando um xuxês moderado, alguns erros de gramática, com 10 janelinhas do MSN piscando ao mesmo tempo, comentando em infinitos fotologs, admirada por muitos e ignorando a oposição, que eu entrei nos 13 anos.
Eu sempre tive personalidade forte. Falo muito, dou minha opinião, e assim que fui marcando território na Internet, fui transferindo essas características para a “aninhah”. Ah! era um mundo mágico! Porquê eu poderia ser como eu quisesse. Sabia ser engraçada, dizer as coisas certas, falar besteiras, ser durona, ser bobinha. Foi nesse auge do mundo virtual eu cheguei a desaprender a me relacionar com as pessoas ao vivo. Eu me esforçava pra manter o meu perfil ao vivo exatamente como aquele, criado pouco a pouco na frente de um monitor, mas não era a mesma coisa. Não tinha como dissimular. Não sabia nem o que fazer quando eu encontrava algum conhecido. Minhas bochechas vermelhas me entregavam. Na Internet elas só apareceriam se eu quisesse. Até as palavras me faltavam. Cadê aqueles assuntos todos? E as piadinhas?
13 anos. Fora da escola. Sem amigos. Sem falar com ninguém. Como eu poderia desenvolver um diálogo ao vivo?
Eu só tinha a Internet.